Returning Home, by Murat Turan

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sem portão. sem cão.
só a mala-de-ser no semblante.

desolado não – despovoado.
ermado de amizades cerebrinas
resolvi ficar, em silêncio
não para ver as meninas
mas pela pausa de mil compassos.

então por favor, não diga nada
que também não me lembro mais
quem começou, mas se preciso for, repito
hoje só quero fazer um poema,
em tempo de sonhar, sem tempo de acordar…

sem portão. sem cão.
só voltar.
e na mala-de-ser,
um semblante viajante.