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parto como se saudoso fosse
solitárionauta nessa ilha-verde-do-nada
cala-te num grito tão alto
como o silêncio que aterroriza de branco
o canto escuro em que pensei poesia
num dia claro de verão paulista
racista sem o filtro de aglutinantes cores
em branco tampouco preto
quieto & ausente de sentido dele mesmo
despresença axeviena e sinto
garimpo-galope louco de desejo
com pexeira & verbo na boca em riste
saiste rápino como sempre &
também saio eu deste ninho de conformes
disforme ninguém que fui & ao sair
parto cu’a impressão de ir tarde.