de sopetão,
de rabo-de-olho,
e pensei:
talvez seja um esquilinho…
parei.
olhei.
era mesmo um ratinho.
mais tarde vi outro campista
lidando com outro ratinho
— menos afortunado,
perseguido aos pisoteios.
aí tive a certeza que vira um ratinho.
“por quê vira um ratinho
bem ao lado da minha barraca?”
— naturalmente me perguntei
onde estou?
o que estou a fazer?
a quem devo me submeter?
o ratinho veio me alertar de algo.
lembrei-me da dona gustava,
professora de geografia
— que naturalmente mostrava o que sabia —
assim o ratinho também me mostrava
onde eu estava,
e o que eu fazia.
humano…
demasiadamente humano,
porém estrangeiro a isso tudo,
explorador
invasor
imperialista
deveria prestar mais atenção ao redor?
se a pergunta fosse pr’alguém
prestes a deixar este mundo,
rumo ao mistério profundo
donde vivo não se vai além,
sem medo de infâmia responderia
“vai-te, homem – ou mulher, que seja,
que a esta altura nada mudaria
no coração que já não bate, lateja!