pois é, edu, chegou aquele dia again,
importante pra você & outra meia-dúzia-e-meia, mais quem?
nadalém dum ou outro, farinhas do mesmo saco, gemas do mesmo ovo,
mas o importante mesmo é que estás aqui, cá estás de novo!
a contar anos-círios, que se iluminadaos ou não nem importa tanto,
tanto que já perdeste a conta, e assim nem te dás conta
da rima pobre que acabaste de cometer – que fazer?
babalorixá agora de bastão passado – embora assumido, não herdado,
finalmente nasceste noutrem de nome joão… ah joão,
mais vivo que tú, mais nobre que um cão, tua chance de continuação
tampouco mais ou menos torto, não faz diferença…
desde nascença já te pertence, no balanço correto, quem dera,
sem eira nem beira, até parar a contagem – é tudo cabeça –
diferente de tú, esmo esborro, fidalgo incrédulo,
valgo dalgo danado de errado ou de bom, que não aprenderá jamais,
& entorta & sufoca & inibe & abafa todo discurso tosco,
só mais uma vez, para sempre só mais uma vez…
aí vais de novo & novamente, solitário-nauta,
na mesma busca desafreada, por entre os futuros hontems e os passados ojes
em todos os lugarem que possam existir, mesmo nas imundas fossas,
mesmo em todos os apegos, todas (de)formações: todamágoa, todorancor, todaraiva,
– aquela mesma que nos mata em cada dia dos nossos dias –
também lá não estão: a paz & a harmonia que procuras são unicas
e não vais achá-la assim tão fácil não, ah não vais não…
nem nas mais altas colunas da ordem e da desordem,
nem nas melhores barganhas entre a vida e a morte,
muito menos nos mais altos aléms dos tudos que te possam oferecer.
parabéns pra você.
assyno eduardo miranda,
d este porto seguro da jlha do Eire,
oje, qvtª feijra, vjgesº segº dija do segº mez d este anno-domijnij d MMXII