você diz ser muito íngreme aquele o morro,
mas mesmo assim, quer de me ver tentar…
escolha o dia que ecolho a hora e o lugar,
subirei, nem que seja de quatro, o desaforo
e quando chegar lá, por cima das nuvens,
olharei para baixo, puro e majestoso,
em busca das suas palavras de desgosto.
todo dia é dia – daqui de cima ouço o rosto
da multidão, forçada a seguir em frente…
sem medo, o idiota sem dente
encara de frente a multidão
e pergunta: quem é o farsante
de coroa e com o cetro na mão?
sem esperança no coração
você caminha…
mudo…
manco…
misantropo…
em multidão.
—
(*) inspiradso na canção Fearless do Pink Floyd.