Desprovido de poentes,
aqui em cima tudo é plano,
e todo plano é branco,
todo branco,
como branco
um paraíso de conto de fadas
deve ser.

Eu, daqui de baixo, me rebaixo
me contorço nas profundezas do egoísmo,
sem pudor ou dignidade,
tão infiltrado, que nem o sol,
em seu brilho imenso,
de ofuscante calor e confortante brilho
é capaz de tirar o acinzelamento desta hora.

Então vai, estrapola tudo…
que tudo num suspiro se esvai.