cem dinheiros:
metal transmutável na forja do espírito,
catalisador inerte da essência humana.
no cadinho do negociante, semente áurea;
para o erudito, sabedoria destilada;
o jogador vê eliseu e caronte;
para o criminoso, aço frio do agressor.
energia primordial moldada pela vontade,
refratada pelo prisma do ser.
arquivos da existência decodificam o presente,
algoritmos do passado traçam o futuro.
singularidade no cerne do coletivo,
microcosmo refletido no macrocosmo.
cem dinheiros: variável constante,
na equação onde o ser é a incógnita.
na alquimia da consciência,
o vil metal revela não seu valor,
mas o do alquimista.