se não se exigisse juro algum –
de ninguém, e não só dos irmãos –
se não dominasse os pobres, o rico
se quem toma emprestado não fosse
servo de quem empresta
se não fosse o amor ao dinheiro
maior que o amor ao próximo…
talvez…
talvez o camelo…
talvez o camelo passasse…
talvez o camelo passasse pelo buraco…
talvez o camelo passasse pelo buraco da agulha.
se nenhum servo servisse a dois senhores
talvez a riqueza vã diminuísse
e a riqueza pelo suor aumentasse
mas não…
quem ama…
quem ama o dinheiro…
quem ama o dinheiro jamais dele…
quem ama o dinheiro jamais dele se desapega.
e na abundância da renda nunca se farta…
e na abundância da renda…
e na abundância.